terça-feira, 22 de novembro de 2011

LINDEMBERG BEZERRA ASSUME FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA DE JANDUÍS

O artista popular Lindemberg Bezerra foi nomeado, na manhã de hoje, para o cargo de diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura de Janduís. Também integram a equipe da Fundação os artistas Rogério Silva e Thiago Medeiros. Confiram entrevista:

Na condição de artista popular, como você recebe essa nomeação para a Fundação Municipal de Cultura de Janduís?

Recebo com alegria por saber da confiança depositada por todo corpo diretivo do partido e ao mesmo tempo sei da responsabilidade por se tratar de um órgão novo. Pra mim tudo o que é novo é desafiador e promissor. Recebo num momento de aprendizagem e construção coletiva da cultura não só em Janduís, mas, em cidades da região. Além do mais, me surpreendi com tanta força de pessoas do Brasil inteiro que acreditam numa mudança radical na cultura do Estado a partir de Janduís, com nossa presença na pasta. 

Daqui por diante, o Sistema Nacional de Cultura é quem vai nortear as ações culturais nos municípios. Você vem apoiando a instalação desse processo em vários municípios da região. Como se dará o processo em Janduís?

Não será diferente. Tenho toda disposição pra discutir e aprofundar a discussão do Sistema Nacional de Cultura em Janduís e com isso poder implantar o Sistema Municipal, como é estabelecido até 31 de dezembro de 2012. Será preciso buscar o apoio de todos os segmentos governamentais e da sociedade civil para possamos garantir políticas públicas culturais pra Janduís, uma vez que estamos nessa luta há pelo menos 25 anos. É possível, instalar um novo patamar cultural com descentralização e democratização dos recursos a partir da estruturação dos elementos básicos do Sistema Municipal de Cultura. 

Janduís é uma cidade conhecida pela sua vocação cultural. Quais as diretrizes que você pretende implantar no setor cultural do Município?

Autonomia cultural para os produtores de artes a partir de políticas voltadas para a manutenção, valorização e atenção especial ao setor. A cultura em todos os segmentos – música, teatro, dança, artes plásticas, literatura, moda, artesanato – precisa de apoio sustentável onde prevaleça a economia popular da cultura, através dos produtos produzidos e com isso nossos artistas possam viver do que produzem. É preciso ainda, ampliar os espaços para as artes públicas de rua e construir ações que fortaleçam os movimentos. 

Como serão feitas as discussões com a classe artística no tocante aos projetos culturais?

Acredito que é possível a criação de um Fórum de debates culturais, onde os produtores culturais possam se encontrar e discutir seus anseios. Além do mais, será preciso rearticular o Conselho Municipal de Cultura e realizar a Conferencia Municipal de Cultura, uma vez recomendada pelo Ministério da Cultura periodicamente a cada dois e sempre que necessário. A criação do Fundo de Cultura e da Lei de Fomento serão imprescindíveis para os rumos de uma política cultural forte e comprometida. Com isso teremos eventos de qualidades com significados e a presença do campo artístico-cultural. 

As parcerias para o fortalecimento da cultura são muito importantes. Com quais parceiros você pretende contar para desenvolver esse trabalho? 

A principal parceria será aquela que possamos andar juntos. Não vejo a necessidade de se “encangar” com ninguém. Naturalmente há uma harmonia entre os grupos que buscam os mesmo ideais: ações de fortalecimento e condições de vida ativa. Com isso, estamos num momento de crescimento e avanço entre os artistas e grupos, após um período de desentendimentos. O novo momento surge sem presença partido político, sem ordenamento de lideres culturais, sem interesses particulares. A visão é coletiva. Vejo ainda que o segundo setor será importante, já que o terceiro setor é o carro chefe de toda luta. As parcerias serão construídas no processo e sei das inúmeras possibilidades. Após o primeiro passo teremos muita estrada. Não encontramos facilidades, mas, rumaremos em busca de harmonia.

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