quarta-feira, 8 de junho de 2011

ESTREIA DO ESPETÁCULO "NORDESTINOS" PROPORCIONA NOSTALGIA, RISOS E LÁGRIMAS

Uma noite inteira dedicada ao Nordeste. Assim foi a estreia do tão aguardado espetáculo "Nordestinos" do Grupo Cultural Balai de Artes, na noite de ontem (7), no adro da Igreja Santa Teresinha.

Inserida na programação da Emancipação Política de Janduís, a peça trouxe elementos típicos do Nordeste: música, procissão, repente, cantorias, drama e muita animação.

Antes da peça, artistas convidados levaram outros aspectos da cultura local para o grande público que veio presenciar a estreia do Balai de Artes.

Ao lado do cantor e compositor Marcos Lima, o grupo de música do PETI mostrou o seu talento nos acordes do violão.

A seguir, o professor Valdécio Fernandes cantou várias músicas do cancionário popular do Nordeste. Finalizando essa primeira parte da noite cultural, o grupo Brincantes do Sertão apresentou um número típico de dança.

Apreciação crítica do espetáculo Nordestinos - A noite prometia e após o belo aperitivo cultural, os artistas do Balai de Artes iniciaram o texto da peça "Nordestinos".

As luzes se apagam. Foi como se fizéssemos uma viagem no tempo. Cenas de procissão. O sol quente do sertão evidenciado pelos refletores com as cores vermelha e laranja. Logo, percebemos que a história irá tocar no fundo do coração.

Na história, um pai de família (Rogério Silva) e sua esposa (Suzana Vieira) resolvem deixar o sertão em busca de uma vida melhor na cidade grande. Chegando lá, percebem logo as grandes dificuldades de adaptação. A cidade impessoal não oferece aquela sensação de acolhimento encontrada na terra natal.

A trama se desenvolve com pitadas de drama e de comédia.As atrizes Célia Lima, Mayara Santos e Cecília Meirelys, fazendo os papéis de "arautos" da peça, cantam, dançam e interpretam poesias típicas do "luar do sertão", resgatando essa sensação de nostalgia que invade os corações. 

Isso mesmo! O texto de "Nordestinos", muito bem escrito pela atriz e diretora Ceicinha Lima, nos faz viajar pelas belezas e pelas dificuldades do Nordeste. Ao final, a bela poesia do ator Amilton Lima completa o cenário de um espetáculo que consegue fincar pé na imaginação dos que tiveram o privilégio de acompanhá-la.

Poesia, música, tristeza e alegria. As cores e os contrastes do Nordeste em uma peça que proporcionou lágrimas e gargalhadas. E quem consegue nos fazer rir e chorar, com tanta sinceridade, sabe que a mensagem  foi bem transmitida e deixou marcas indeléveis na lembrança.

Raildon Lucena - Jornalista


Matéria publicada no Jornal Triunfo

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