quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prefeito concede entrevista ao jornal Tribuna do Norte

Janduís acumula tradição e uma experiência estreita com as manifestações culturais. Até que ponto ela influencia na dinâmica da sociedade?

Desde que me lembro, que me entendo por gente, a Cultura está impregnada nas pessoas. Os meninos, os jovens, sempre estiveram envolvidos com Pastoril e outros grupos tradicionais bem antes de saberem o que é teatro, e isso reflete na efervescência que vemos hoje. 

E de onde a Prefeitura tirou os recursos para criar o Fundo de Cultura?

Estamos seguindo o limite constitucional, determinado no Sistema Nacional de Cultura, de destinar 1% do orçamento total do município à área cultural. Ou seja, 1% de todos os impostos arrecadados e dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios - FPM repassamos para a Cultura. 

E há outra fonte?

Sim. Foi aprovada uma lei complementar municipal que destina até 3% do orçamento para a pasta cultural, mas esse repasse depende da disponibilidade financeira da Prefeitura. Somando as duas fontes, temos R$ 800 mil de verba para a Cultura em Janduís.

Como o senhor já cumpriu dois mandatos seguidos (de 2005 a 2012), há risco dessa iniciativa ser descontinuada?

Acredito que não. Como está tudo dentro da estrutura municipal, esses índices irão transcender gestões. Estamos para aprovar, até o início de julho, o Plano Municipal de Cultura, que prevê ações para os próximos dez anos. Caso haja algum desvio no meio do caminho, cabe aos artistas estarem articulados para garantir a manutenção do Plano e do Fundo, pois a Prefeitura deixou tudo pronto para ser continuado.

O município sente os reflexos da Cultura na economia local?

Sem dúvida. Além de gerar renda e sustentabilidade aos artistas e grupos, um movimento intensificado ano passado quando cidades vizinhas passaram a contratar grupos aqui de Janduís para apresentações, muitas pessoas também visitam o município atraídas por projetos como o Escambo e encenações como a Paixão de Cristo e o Auto de Santa Terezinha (padroeira da cidade). Isso movimenta o comércio de um modo geral.

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