Prefeito relata dificuldades encontradas na contratação de médicos |
É o caso de Janduís. Até mesmo nas cidades mais próximas de Mossoró, como Baraúna, existem dificuldades para se contratar médicos, mesmo com salário de R$ 9 mil. A principal preocupação dos gestores públicos é com o trabalho de prevenção de doenças.
O quadro não é fácil, principalmente na área de atenção básica de saúde, segundo informa o prefeito Salomão Gurgel, de Janduís.
Além de pré-natal que é feito pelos PSFs das cidades do interior, também existe uma série de outros serviços preventivos feitos com o mesmo descuido, especialmente nas pequenas cidades. Na maioria dos casos, um enfermeiro faz a consulta num mês e no outro é o médico. No caso de haver necessidade, a grávida é encaminhada ao ginecologista do município.
Os casos de pré-natal são mais graves porque na região de Mossoró só existe a Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR) para atender toda a região Oeste. E nesta maternidade só existem três leitos de UTI neonatal conveniada com o Sistema Único de Saúde. No restante do Estado, apenas em Natal, existem leitos de UTI neonatal para atender todos os partos de alto risco; estão lotados.
Mas os outros setores de saúde preventiva também preocupam os prefeitos e secretários de saúde, pela dificuldade que se tem para se encontrar o profissional e principalmente pela falta de recursos nas prefeituras para garantir uma boa estrutura de trabalho. "O Governo Federal transferiu responsabilidades e não mandou os recursos. O Governo do Estado também deixou os municípios sozinhos nesta área", reclama o prefeito Salomão Gurgel.
Prefeitos pedem aprovação da emenda 29
Não existe uma ideia fechada entre os prefeitos entrevistados pela reportagem do DE FATO de como se contratar médicos. O prefeito e médico Salomão Gurgel, de Janduís, disse que muitas vezes troca o seu gabinete na Prefeitura pelo pronto-socorro do Hospital do município.
"Nos casos em que o prefeito não é médico, a solução é pedir a compreensão da população enquanto se encontra um para contratar", informa o prefeito Aldivon Nascimento, que procura um médico para completar uma equipe do PSF amanhã com salário de R$ 9 mil.
Os prefeitos Aldivon e Salomão esperam que o Congresso aprove e a presidenta Dilma Rousseff sancione um projeto de lei do deputado federal João Maia que obriga o recém-formado a passar pelo menos dois anos trabalhando em cidades com menos de 50 mil habitantes.
"Não é de graça. O Governo Federal, Estadual ou do Município vai remunerar com salário justo a esse médico recém-formado. Essa seria uma maneira de o profissional retribuir ao setor público pela sua formação em medicina custeada pelos cofres públicos", destaca Salomão Gurgel.
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Fonte: Jornal De Fato
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